Biópsia de pele

É comum que o termo biópsia desperte o medo do paciente. É um procedimento que está normalmente associado a condições malignas como câncer. A biópsia de pele é um dos procedimentos mais realizados pelo médico dermatologista pois ainda é o padrão ouro para diagnóstico de muitas doenças.

A biópsia nos permite coletar uma amostra de pele para ser analisada. Ela pode ser incisional, quando apenas um pequeno fragmento da lesão é retirado, ou excisional, quando toda a lesão é retirada e enviada para análise. É realizada anestesia local com agulha e após, o paciente não sente dor, apenas a sensação tátil permanece.

Costumamos usar um instrumento conhecido como punch, que assemelha-se a um cilindro com um lado cortante e possui vários diâmetros, a depender do local e lesão que queremos diagnosticar. Pode também ser realizada como uma pequena cirurgia, apenas com bisturi. A maioria das biópsias precisam de sutura mas algumas podem cicatrizar sem a necessidade de pontos.

A questão é: Biópsia não é sinônimo de coisa ruim. Usamos a biópsia para distinguir lesões que são muito parecidas ao exame físico, lesões atípicas, fazer diagnóstico de doenças inflamatórias e auto-imunes da pele e para excluir ou confirmar uma lesão maligna. É muito melhor saber e tratar a doença precocemente do que fazer um diagnóstico tardio e retardar o tratamento.

Após o procedimento, o profissional encaminhará a amostra para o laboratório de Patologia, onde será analisado por um médico patologista e o resultado, que chama exame anatomopatológico costuma levar de 7 a 14 dias. A pele é uma área desafiadora, de modo que um patologista com expertise nessa área deve analisar a peça e, se necessário, indicará algum exame complementar para auxílio diagnóstico, como um exame imunohistoquímico, que é feito no mesmo material já coletado.